A
América é de um tal Galo, de umas Minas Gerais, lá no Brasil de Cabral, perto
da terra do Papa. A América, aquela desejada e libertadora, é de um bichano de
crista alta, que carrega um santo entre as traves, que se concretiza com uma
rocha na lateral e duas torres no miolo. De um Galo de volantes grandes e
pequenos, experientes e novos. Um alvinegro de meias, de sorrisos “desdentados”
e cabelos ou penas ao vento. Galo de atacantes com alegria nas pernas, matadores,
fortes e vingadores. Uma ave que carrega e congrega um místico pensador e supersticioso
fora das quatro linhas. Um Clube, Mineiro, Atlético, enfim, um Galo ou Galão de
uma massa de alma preta e branca agora mais do que lavada, esfregada, batida,
torcida e que vai para o varal, onde seus seguidores, não torcedores, seguirão
contra tudo, todos e o vento.
É
simples assim: se algum dia lhe perguntarem, respondam: esse foi o campeão da
Libertadores 2013. Esse tal de Galo, de um
povo sofredor e surrado, que fazia e vivia de quatro algarismos (1971), a sua
história.
Sim,
eles acreditaram e venceram. Além da qualidade e superioridade técnica e
profissional, os deuses do futebol estavam do lado deles. Estavam e estão. Como
pode um pé, em fração de segundos, tocar e impedir uma bola de entrar? Uma luz
que vai embora sem “ninguém” saber ao certo o que aconteceu. Inacreditável um
atacante adversário escorregar em um gramado padrão FIFA. Como pode? Pode sim.
Basta acreditar. Eles acreditaram e venceram. Yes, we can ou se preferirem: Yes, we C.A.M.
Parabéns, Galo. Parabéns, torcedor. Essa era de vocês e não poderia e não tinha como ser
de mais ninguém. Libertas que será tamem. Liberdade ainda que tardia. Sintam-se
livres de um tal e único 1971. Agora vocês são mais do que um ano, que um
brasileiro, são detentores da América, donos de 2013, de um novo século, de
novos tempos, de novas conquistas.
Estão
livres! Liberdade... Parabéns, Galo!
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