No passeio
dominical, entre as estruturas de um gigante adormecido, os olhos correm pelas
ferragens corroídas e o silêncio absurdo vagueia entre as quadras e campos
inabitáveis. Naquele momento, faz-se o silêncio que deveria estar habitado por
gritos de gols. Calam-se as competições e diversões familiares, vai embora a
imagem do domingo no parque de madeira que o tempo e a incompetência de
administradores deram conta de levar. O mute ou mudo impera em um reino onde o
grito de vencer deveria estar no lugar mais alto do pódio. Que pódio? Sem
disputa não há vencedores e muito menos pódio. Pode parecer exagero, mas as
lágrimas ganham de goleada da alegria em pleno gigante esportivo da nossa
cidade onde a cortina da fumaça de uma droga que mata em pouco tempo sobe das
quadras de baixo. Aqui é crack versus craque, e o que termina em k e mata, está
vencendo. Socorro! O silêncio e o descaso são os habitantes de carteirinha do
centro esportivo, do chamado clube do povo. Que povo? O povo vai onde tem
festa, alegria, competições, disputa. Sem emoção, sem direção, sem povo. A
conta é fácil.
Enquanto isso, a poucos metros, no
mesmo bairro, que inclusive leva o nome de Santa, o barulho toma conta e os
gritos de desespero clamam por melhores condições. Ao contrário do gigante, a
pequena Cadeia Pública, que foi feita para ostentar 20, hoje comporta cerca de
70 detentos amontoados entre a dura realidade não só da nossa cidade, mas de um
país onde não se investe e não se conjuga o verbo reabilitar.
Enfim, dois parágrafos e duas realidades distintas com uma mesma mensagem nas entrelinhas, ou seja, invista em esporte, executivo, e tenha menos criminosos em nossa cidade. Se uma pequena e simples quadra, como a do Jardim Europa, do Alonso e da Cohab, pode tirar jovens das drogas e das ruas, o que um poderoso Ceclans não pode fazer? Pensem! Já diria um autor desconhecido: “Quanto mais quadras e campos construirmos, menos gastaremos com Cadeias”. Ou se faz algo agora pelo esporte em nossa cidade, ou comecem a elaborar a ampliação da Cadeia Pública no município. Pensem políticos, pensem...
porque é tão dificil achar um diretor para o ceclans e sera que é muito dificil administra-lo?
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