Pular para o conteúdo principal

O Cruzeiro caiu em 2013



Mais precisamente no dia 24 de novembro de 2013, quando a superintendência da Polícia Federal do Espírito Santo apreendeu, durante operação, 450 kg de cocaína em um helicóptero da Limeira Agropecuária, empresa do deputado estadual por Minas Gerais Gustavo Perrella (Solidariedade), filho do senador e na época ex-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella (PDT-MG), este mesmo sujeito, que seis anos depois, foi “convocado” para evitar a queda do time celeste.

Ou seja, a queda deste dia 8 de dezembro, que ficará marcada na história do Cruzeiro, começou fora do campo, quando a solução se deu por um sujeito envolvido em falcatruas e corrupção.

Erro grave e que se “agravou” quando vieram à tona, através dos brilhantes repórteres Gabriela Moreira e Rodrigo Capelo, no programa Fantástico da TV Globo, uma matéria completa mostrando a situação financeira e as movimentações ilegais fora de campo.

Naquele domingo à noite a repórter anunciou ao Brasil e ao mundo o que iria acontecer no dia 8 de dezembro de 2019, ou seja, a queda para a Série B. Todo time grande, como é o Cruzeiro, começa a cair fora do gramado, onde depois, diante das aberrações, os efeitos são expostos. Foi assim com Fluminense, Vasco e Botafogo, por exemplo. 

Que fique claro; time grande cai sim! E sempre vai cair, mas antes de caírem dentro de campo, perdendo jogos, com péssimas atuações, começa a cair fora dele, despencando aos poucos, perdendo o controle nas contas e finanças e principalmente se envolvendo em corrupção.

E mais, enquanto o herói for um sujeito que está ligado e envolvido com corrupção e tendo familiares investigados pela Policial Federal, a queda continuará... C, D e por ai vai. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Novo Velho Chico!

Saudades do Velho Chico, não aquele das canções, das águas, dos peixes, me refiro ao FAPI. Saudades. Aliás, FAPI que nada. Na minha época era apenas Colégio. “Vou para o colégio”. E como fui, e como fingi que fui, como faltei, como aprontei, como aprendi, como passei quase uma vida dentro do Colégio.  E quando ganhou mais importância e “levou” até nome: Francisco Antônio Pires, ou até apelido: FAPI, eu já estava longe, mas com a lição e o diploma debaixo do braço. Foram quase 15 anos entre os pilares de um gigante da educação. Terceiro, segundo, primeiro andar, casinha do sinal, coqueiro, namorinho de portão, ping-pong, vôlei, futebol, suor, expulsão da sala, risadas e mais risadas, choro, provas, vermelho, azul, notas, enfim, saudades.  Neste exato momento que a principal referência da educação na cidade muda de endereço, chamo atenção para os jovens que hoje frequentam as salas de aula. Talvez também seja hora de mudar. Entender que o que aprende aí s...

Um gigante adormecido!

No passeio dominical, entre as estruturas de um gigante adormecido, os olhos correm pelas ferragens corroídas e o silêncio absurdo vagueia entre as quadras e campos inabitáveis. Naquele momento, faz-se o silêncio que deveria estar habitado por gritos de gols. Calam-se as competições e diversões familiares, vai embora a imagem do domingo no parque de madeira que o tempo e a incompetência de administradores deram conta de levar. O mute ou mudo impera em um reino onde o grito de vencer deveria estar no lugar mais alto do pódio. Que pódio? Sem disputa não há vencedores e muito menos pódio. Pode parecer exagero, mas as lágrimas ganham de goleada da alegria em pleno gigante esportivo da nossa cidade onde a cortina da fumaça de uma droga que mata em pouco tempo sobe das quadras de baixo. Aqui é crack versus craque, e o que termina em k e mata, está vencendo. Socorro! O silêncio e o descaso são os habitantes de carteirinha do centro esportivo, do chamado clube do povo. Que povo? O povo ...

Pissiti!

E se o Didi morrer? Eu morro um pouco, como morro todos os dias. Didi, esse que chamam de Renato, de Aragão, de Mocó, de “pissiti”, ou o que seja, é parte da nossa vida, da nossa infância. Foi vendo Didi que muitas vezes minhas pernas ficaram da cor dos narizes de palhaços, com marcas de mãos, por derramar comida no sofá, na hora do almoço. Aliás, sofá não, poltrona. Ô da poltrona. Didi nos fez esquecer o gosto do arroz queimado ou do suculento frango à milanesa. Que almoço o quê! A gente sentava com o copo de alguma coisa entre as pernas, derramava um pouco todo dia, apanhava de novo e via Didi, que não vinha sozinho. Tinha Dedé, Mussum e até Zacarias. Daí tinha riso, tinha pureza, tinha graça, não tinha desgraça, tinha zelo, não tinha apelo, tinha comoção, não tinha apelação, tinha Didi, tinha risada. Que privilégio poder ver Didi, e não a Turma dele. Que sorte ver ele e não ver planetas nem cassetas. Ver Didi, de noite, antes do Fantástico ou de dia, antes ou durante o almoç...